Promover o bem-estar dos trabalhadores passou a fazer parte da estratégia de negócio de muitas organizações. Tal cenário coloca o trabalhador no centro das estratégias de saúde e bem-estar. As iniciativas de bem-estar agem em quatro dimensões principais: física, emocional, financeira e social, sendo cada dimensão única e interligada às demais.

Dentro desse contexto, trabalhadores e empregadores ganham.  Os trabalhadores melhoram o acesso a cuidados com a saúde de qualidade e bem-estar. E os empregadores, ou melhor, as organizações, como se beneficiam com a implementação de uma cultura do bem-estar?

O bem-estar é a base para a criação de funcionários mais engajados e mais produtivos, contribuindo para resultados de negócios melhores e mais sustentáveis e um maior grau de satisfação no trabalho e na carreira dos funcionários.

Mas o que esse tal benefício representa na prática e na rotina das organizações?

Veja abaixo cinco benefícios que podem ser alcançados quando se tem uma cultura de bem-estar instalada:

  1. Redução do absenteísmo

Quando falamos de absenteísmo no mundo corporativo, estamos nos referindo à ausência do colaborador do ambiente de trabalho, seja por algumas horas ou até por dias. Um funcionário disposto, saudável e que esteja satisfeito com o seu trabalho, fica motivado a trabalhar e a não se ausentar.

No livro The Power of Full Engagement (O Poder do Engajamento Total), o autor demonstra a relação entre bem-estar e absenteísmo citando o exemplo da empresa Dupont.

A organização reduziu 47,5% o número de faltas dos trabalhadores, num período de seis anos, desde que o programa corporativo de capacitação física foi implantado. Os funcionários que participavam do programa também solicitaram 14% menos dispensas médicas do que aqueles que não participaram.

  1. Diminuição do presenteísmo

O presenteísmo constitui um custo invisível e altamente prejudicial às organizações, uma vez que representa a parcela de trabalhadores que se encontram adoecidos sem estarem afastados de seus postos de trabalho.

Tal realidade compromete significativamente a produtividade e desempenho dos trabalhadores.

Para constatar o presenteísmo, basta olharmos para um dado importante disponibilizado pela OMS que diz que 45% das pessoas com depressão não são diagnosticadas, portanto, não recebem tratamento adequado.

Elas vão trabalhar todos os dias, estão lá de corpo presente, mas produzindo abaixo de sua capacidade.

Os programas de bem-estar corporativo conseguem desenvolver uma boa concepção do trabalho quando inclui em suas ações práticas organizacionais claras, seleção, treinamento e desenvolvimento adequados para a equipe, descrições de trabalho claras e um ambiente social que ofereça apoio e com isso seja capaz de identificar mais facilmente trabalhadores adoecidos, além de permitir um acesso de qualidade aos serviços de saúde.

  1. Maior retenção de talentos e queda de turnover

A presença de uma equipe talentosa e motivada pode representar um diferencial competitivo para a organização, além de permitir aos seus gestores construir uma equipe de alta performance.

Mas para se manter uma equipe com esse grau de excelência é preciso investir em bem-estar, pois segundo a GPTW (Great Place to Work), três em cada 10 trabalhadores alegam que a qualidade de vida é o principal motivo que o faz continuar em uma organização.

Com tal constatação, a implantação de programas de bem-estar corporativo se faz necessária e tem se mostrado eficiente para reter e atrair talentos, assim como para manter os demais funcionários, pois promovem valorização, sentimento de pertença, além de criar um vínculo positivo com a empresa e diminuir a rotatividade de pessoal, conhecida como turnover.

  1. Melhora do clima organizacional

Uma organização saudável é aquela que valoriza e pratica a cultura do bem-estar e da saúde do trabalhador, assim como a melhoria do desempenho e produtividade organizacional através de ações de promoção da saúde e do bem-estar, como ginástica laboral, rodas de conversa, massagens, grupos de corrida e caminhada, incentivo a uma alimentação mais saudável, entre outras ações que têm a capacidade de promover interação, criação de vínculos e relacionamentos mais saudáveis dentro da organização e contribuir para um clima organizacional voltado para a inclusão.

Como exemplo podemos citar o caso da General Motors que após a implantação de um programa de bem-estar observou uma redução de 50% nos desentendimentos no ambiente de trabalho.

  1. Redução de acidentes de trabalho

Segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde no Trabalho, entre o período de 2012 e 2018, o Brasil registrou uma morte por acidente de trabalho a cada 3h horas e 40 minutos.

Entre outras causas, o descuido do trabalhador na realização da tarefa que pode acontecer, entre outros fatores, pela falta de atenção, devido ao estresse ou excesso de autoconfiança na realização da ação ou por falta de cuidados para manter uma boa saúde.

Portanto, o desenvolvimento de ações que promovam a saúde do colaborador em todas as suas dimensões, seja física, emocional, social, econômica ou espiritual só tendem a contribuir para uma melhor performance no trabalho, assim como diminuir a chance de erros e prevenir acidentes de trabalho.

(Fonte: https://www.sesi-ce.org.br/blog/5-beneficios-para-promover-o-bem-estar-dos-funcionarios/ )