O estudo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho aponta que, desde o começo de 2017, a cada quatro horas e meia, morreu ao menos um trabalhador brasileiro vítima de acidente de trabalho.

Trata-se de um número alarmante, que revela a necessidade de implementar um programa de saúde e segurança no trabalho.

Na outra ponta, em 2016, mais de 75 mil trabalhadores foram afastados de seus postos por causa de transtornos mentais e comportamentais, como depressão, estresse, esquizofrenia, bipolaridade e outros — todas com direito a recebimento de auxílio-doença em casos episódicos ou recorrentes. Esse é um dado do INSS.

Saúde e segurança no trabalho devem ser temas tratados além das obrigações, pois envolve questões mais amplas, como produtividade, resultados e saúde financeira. Continue a leitura e conheça os benefícios de investir nessas ações ao longo do tempo, evitando não apenas acidentes, mas processos trabalhistas.

Responsabilidade

A Lei 8.213/91 art. 19 inciso 1º diz que a empresa é a responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança que envolvem a saúde do colaborador.

O não cumprimento dessas medidas, segundo o inciso 2º, constitui contravenção penal punível com multa.

Isso significa que a empresa paga por sua omissão e abre o precedente de o colaborador entrar com uma ação trabalhista.

Por isso, é importante que sua empresa siga Normas Reguladoras (NRs) como a NR4, que institui os serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho — documento no qual pode-se consultar o grau de risco de todas as atividades.

Iniciativa

Para implementar um programa de saúde e segurança no trabalho, sua empresa deve ter o apoio de um técnico especializado em segurança do trabalho. E para que ele desenvolva suas atividades, não basta fiscalizar o ambiente — é necessário desenvolver um plano de ação completo e preciso dos colaboradores.

Esse plano de ação é feito sob medida, de acordo com as necessidades de cada organização. O técnico estuda, analisa, investiga e fiscaliza o ambiente de trabalho. A partir de seus dados, informações são levantadas para que as iniciativas sejam colocadas em prática. Para que o projeto funcione, todos devem contribuir.

Segurança

A criação de um programa de saúde e segurança no trabalho requer de todos os gestores atenção para possíveis mudanças de rotina ou comportamento entre os profissionais.

Por menores que sejam a princípio, elas podem gerar riscos. Doenças ocupacionais, como dermatites de contato e dores de cabeça, se transformam em custos para a empresa e dificuldade na vida dos trabalhadores.

Muitas empresas insistem em tratar a saúde e segurança no trabalho como sinônimo de desperdício de dinheiro.

Elas não enxergam que essa percepção errada faz com que a própria saúde financeira seja prejudicada, pois não são todos os trabalhadores que rendem o necessário por causa de condições ruins no ambiente de trabalho.

Ao investir em um programa de saúde e segurança no trabalho, você contribui com:

  • a melhoria do ambiente,
  • incentiva resultados mais ousados
  • garante que todos estão protegidos — inclusive a saúde financeira da empresa.

São evitados, portanto, gastos com afastamentos, indenizações, desgaste na imagem da companhia, processos e outros.

Para acompanhar o processo de modernização dos processos empresariais e cumprir as obrigações da lei, você pode contratar uma empresa especializada em segurança do trabalho.

Ela pode ajudar seu negócio a estabelecer uma rotina para acompanhar os pontos abordados neste artigo e criar uma cultura interna de prevenção.

Para garantir o melhor gerenciamento dessas atividades, é importante ter como aliados aqueles parceiros que estão preparados tecnologicamente para auxiliar você e sua equipe na gestão dos programas.

É fundamental para atender os requisitos legais, garantir o bem-estar da equipe e implementar com sucesso um programa de saúde e segurança no trabalho — algo que pode contribuir muito com sua estratégia de negócio.