Você já deve ter notado a presença de uma planta baixa da empresa na parede com alguns círculos coloridos. Sabe para que serve e qual a importância desse mapa de risco na segurança do trabalho?

As normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho exigem sua elaboração e implantação nos ambientes ocupacionais. Além disso, constitui um instrumento de orientação para os colaboradores e de cuidado com a segurança.

Continue a leitura e conheça o mapa de risco.

O que é o mapa de risco?

mapa de risco é a representação gráfica do layout de um ambiente com a indicação dos pontos onde há risco de acidente. Essa indicação é feita por meio de uma legenda com características próprias.

Assim, nos pontos onde são identificados locais suscetíveis, são posicionados círculos cujos tamanhos indicam o grau ou intensidade dos riscos:

  • círculo pequeno: riscos os quais têm baixo impacto;
  • círculo médio: que têm médio risco e exigindo mais atenção no dia a dia;
  • círculo grande: risco elevado, que pode afetar diversas pessoas e levar a danos permanentes.

Com esses indicadores em seu mapa, a equipe pode notar rapidamente quais áreas são mais perigosas e tomar atitudes adequadas para se proteger.

Os 5 tipos de risco

Do mesmo modo, cada círculo recebe uma cor referente ao tipo de risco naquele ponto ou local. A cor é representativa do tipo de risco ao qual uma pessoa está sujeita naquela mesma área.

1. Verde: riscos físicos

Os círculos verdes indicam riscos que aparecem sob forma de energia ou ondas, os quais podem afetar o corpo do paciente devido à exposição física. Esse é o caso de coisas como barulhos intensos, temperaturas elevadas, superfícies com vibração, áreas radioativas, pressão, umidade, entre outras. São comuns em ambientes industriais, especialmente máquinas que utilizam calor.

2. Vermelho: riscos químicos

É o risco associado a substâncias nocivas, tóxicas e/ou corrosivas, os quais podem entrar no corpo através da pele, por ingestão ou pelas vias aéreas. É o caso de laboratórios e algumas linhas de montagem que utilizam materiais pesados e tóxicos como parte de seus processos, sendo necessário utilizar equipamentos de proteção adequados durante sua manipulação.

3. Marrom: riscos biológicos

Outro risco comum em laboratórios, riscos biológicos estão relacionados com a presença de microrganismos, parasitas, fungos, bactérias, vírus, entre outros seres que podem causar doenças. Mais uma vez, é vital que seja usado equipamento de proteção individual. São áreas que costumam apresentar alto valor de risco, pois há sempre a possibilidade de que o patógeno se espalhe caso infecte um colaborador presente.

4. Amarelo: riscos ergonômicos

São fatores de risco para o bem-estar mental, físico ou organizacional do colaborador. Não é incomum ver pessoas que passam por estes riscos em vários ambientes de trabalho, com postura ruim, esforço físico muito elevado, jornada de trabalho prolongada, pouca visibilidade etc.

Os danos geralmente só ficam claros no longo prazo, o que pode atrasar bastante as atitudes de prevenção. Porém, quanto antes você se atentar a este tipo de risco, mais fácil será evitar problemas mais permanentes.

5. Azul: riscos de acidentes

Estes são os mais conhecidos e aqueles que também exigem mais atenção no dia a dia. São riscos que colocam em risco a integridade física do colaborador, ou mesmo sua vida. Pode representar a possibilidade de queda em uma obra, explosões, desmoronamentos, mau funcionamento de maquinários, etc.

Para que serve o mapa de risco?

Um mapa de risco deve ser posicionado em local estratégico que permita facilmente sua visualização para quem chega ao ambiente. Dessa forma, pode atender a sua principal função que é sinalizar os locais onde é necessário maior cuidado com a segurança.

Ao mesmo tempo, também indica o tipo de risco que o local propicia. Assim, o mapa tem o papel de reforçar os cuidados com a segurança no ambiente de trabalho alertando a qualquer pessoa que adentrar a área em questão.

Por essa razão, a legislação trabalhista determina que os mapas de risco sejam elaborados pelos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), onde ela existir.

Qual a sua importância para as empresas?

Por tratar-se de instrumento de segurança do trabalho, o mapa de risco é um alerta ao adentrar o ambiente ocupacional. Colaboradores, fornecedores ou visitantes logo são lembrados dos pontos onde devem tomar mais cuidados ou mesmo evitar.

Nesse sentido, a própria elaboração do mapa na fase de levantamento serve como um apontador chamando a atenção para os riscos que identifica. Por isso mesmo, deve ser elaborado com a participação dos colaboradores que operam no local.

Além disso, trata-se de uma exigência da Norma Regulamentadora Nº 5 (NR 5). Desse modo, para que a empresa esteja regular, deve dispor dos mapas apontando os riscos de cada ambiente da empresa.

Outro ponto importante é que, para fins de utilidade, também é obrigatório que o mapa de riscos seja fixo em um local amplo e visível para todos os funcionários e visitantes. Dessa forma, antes de entrar, haverá um aviso claro explicando quais cuidados devem ser tomados para evitar problemas.

Quais os benefícios de implantá-lo?

Quando uma empresa implanta mapas de risco, demonstra preocupação com a segurança de seus colaboradores e visitantes. Com isso, reforça o sentimento interno de cuidado ajudando a reduzir os acidentes.

Da mesma forma, instrui sua equipe chamando à atenção para aspectos que, às vezes, não são notados. Isso facilita o trabalho dos membros da CIPA nas vistorias que regularmente devem conduzir.

Enquanto alerta e instrui, o mapa de risco atende às exigências da legislação trabalhista. Desse modo, fica também menos suscetível às cobranças por parte da fiscalização e que podem resultar em custos significativos para a empresa.

Como elaborar um mapa de risco?

A elaboração de um mapa de risco pode variar entre simples e complexa, em razão dos tipos de riscos existentes e sua intensidade. No entanto, deve seguir essencialmente os seguintes passos:

  • conhecer o local e o processo de trabalho instalado;
  • identificar no local os agentes de risco existentes;
  • identificar medidas preventivas, de higienização, conforto;
  • levantar os indicadores de saúde do local (queixas, acidentes ocorridos);
  • elaborar graficamente o mapa.

O melhor caminho para fazê-lo é contar com a assessoria de uma empresa especializada em saúde e segurança do trabalho de confiança e reconhecida no mercado.

É necessário refazer o mapa de risco?

A medida que seu negócio cresce e se adapta às novas normas de segurança, é normal que os ambientes mais expostos a riscos também passem por algumas mudanças. Sendo assim, o conteúdo do seu mapa também pode ficar obsoleto como consequência. Naturalmente, você também precisará fazer uma atualização, criando um mapa mais condizente com os riscos atuais e com as normas mais recentes.

Além disso, é sempre bom fazer uma revisão do seu mapa de tempos em tempos. Mesmo que não haja nenhuma mudança em particular, isso pode ajudar a identificar riscos que não foram notados nos meses anteriores, mas contra os quais você ainda pode se prevenir.

Agora você já conhece o mapa de risco na segurança do trabalho, sua importância, benefícios e como é elaborado. Da próxima vez que encontrar um, observe-o mais detidamente.

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